Tratamento de Água e seus impactos nos recursos naturais

Postado em: 22/03/2021

Por: Em: Blog


Durante a última Copa do Mundo, realizada na Rússia em 2018, um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil organizou uma brincadeira muito séria: e se, ao invés de gols, utilizássemos como critério para as vitórias  o índice de água e esgoto tratados em cada país? O resultado desta simulação foi muito diferente de tudo o que aconteceu com a bola rolando em campo. França e Croácia, que disputaram a taça na vida real, sequer apareceram entre os quatro primeiros. O campeão seria o Japão, que trata 99,5% das águas e efluentes do país – a Suíça aparece como vice.

E o Brasil? se perder para a Bélgica foi frustrante, nosso adversário aqui faria o 7 a 1 contra a Alemanha, em 2014, parecer brincadeira: ficaríamos atrás até mesmo da Coreia do Sul, que dá um baile nos quesitos “acesso à água potável” e “gestão segura dos serviços de saneamento”, atendendo 99% de toda sua população

Com a maior reserva de água doce do mundo e a sexta maior população do planeta, o Brasil tem muitas dificuldades em melhorar seus indicadores de saneamento básico. Parte do problema envolve não desenvolver soluções e adiar gastos em infraestrutura para a construção de estações de tratamento. E, assim, não só deixamos de promover melhorias como também prejudicamos a água com boas condições de uso. 

Para se ter uma ideia, há menos de um século, campeonatos de natação eram realizados tranquilamente, sabe onde? No Rio Tietê, o mesmo que hoje é um dos maiores sinônimos de poluição da água no Brasil.

E, falando de esgoto de uma maneira mais abrangente, estima-se que apenas 54% dos efluentes produzidos no Brasil são coletados, e que, desse montante, só metade recebe o tratamento adequado. Numa conta rápida, pode-se dizer que aproximadamente 75% de todo o esgoto que produzimos não recebe o destino ideal. É a mesma coisa que, num jogo de futebol, o time adversário ficar com a bola no pé por 70 minutos e, o seu, apenas 20. Ganhar um jogo nestas condições fica muito mais difícil.

No que se refere ao oferecimento e tratamento de água, os números também poderiam ser melhores, e o que chama a atenção pelos altos índices é um indicador que deveria ser baixo: o do desperdício. Isso porque, segundo estudos especializados, 38% da água tratada é perdida por conta de ligações clandestinas e vazamentos nos sistemas de abastecimento e distribuição. Novamente nos valendo de uma metáfora, imagine que, de cada dez passes que o seu time troca, quase quatro sejam roubados pelo rival. Qualquer avanço decisivo fica comprometido com estes números.

E isso com certeza traz estresse ao torcedor, somado à frustração de não saber quando essa situação poderá mudar, além de diminuir o moral da equipe e conduzir a mais erros e chances perdidas. Traçando um paralelo básico, é exatamente isso o que acontece quando não realizamos o tratamento de água e efluentes: a falta de água e o esgoto acumulado afetam diretamente a saúde da população, que perde sua força de trabalho. Isso, por sua vez, pode diminuir consideravelmente seu poder de compra. Uma região com água e esgoto sem o tratamento adequado também será menos interessante para o investimento de empresas, para o turismo e para qualquer outro tipo de serviço que possa gerar renda. 

E pode ser que, enquanto lê isso, você se lembre de algum exemplo real disso tudo que foi relatado no último parágrafo. Existem muitas cidades e até de regiões inteiras no Brasil onde os avanços não acontecem simplesmente porque não há um time unido fazendo uma gestão adequada dos recursos naturais. 

Não é à toa que um outro levantamento, constantemente atualizado, trouxe mais recentemente o seguinte dado: cada real investido em saneamento economiza cerca de 4,3 reais em saúde. Quando paramos para pensar, a conta fecha muito bem: com água de qualidade chegando às torneiras, a chance de contrair doenças diminui e, quando se fala em efluentes, a coisa toda fica mais óbvia ainda: conviver em um local sem esgoto a céu aberto é, sem sombra de dúvidas, muito mais benéfico ao corpo humano do que o contrário.

O investimento em saneamento básico é essencial para otimizarmos nossas reservas de água utilizável. Ganha a nossa geração, ganham as futuras e também todo o planeta, já que, até 2050, segundo previsões da ONU, o consumo de água potável poderá dobrar, junto da necessidade por alimentos que, para estarem disponíveis na quantidade e qualidade necessárias, também precisam de água.

Diferente de uma Copa do Mundo, este jogo nós realmente precisamos virar: ter um país onde se entenda, em todos os setores, que saneamento não se trata de “canos escondidos sob o solo”, mas de saúde sobre a terra, de mais oportunidades, de mais saúde, de mais turismo, de mais crianças podendo ir à escola, de mais vida acontecendo e de mais certeza e garantias de que a vida seguirá acontecendo graças a estes esforços. Melhorando nossos indicadores de tratamento de águas e esgotos para estarem o mais próximo possível dos 100%, mostraremos ao nosso povo e ao mundo que podemos vencer os desafios que nos impedem de conquistar vitórias ainda maiores.

Mas, para que isso aconteça, são vários e longos os próximos passos, e essa caminhada vai exigir muito mais tempo, constância, vontade e determinação do que alguns jogos e um mês de um mundial de futebol, além de um time muito maior. Mas, com a união de forças dos poderes público e privado, além da conscientização da população, podemos fazer do Brasil um dos favoritos nas próximas simulações como a feita em 2018. Potencial para isso a gente tem de sobra.

Conte com a parceria da  BAUMINAS Águas para vencer este jogo. Somos um player importante nesse mercado, atuando há 60 anos na fabricação de produtos químicos para o tratamento de águas e efluentes.

Quer saber mais? Entre em contato conosco. Vamos armar um time campeão na busca da evolução do saneamento básico.


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